Introdução
A equipe brasileira repleta de estrelas, e que provavelmente teriam lugar em qualquer equipe do mundo, fez sua estreia no Major nessa semana com sua nova line-up full BR e conseguiu a classificação para os playoffs – New Champions Stage. O próximo confronto já esta decidido e será contra a equipe da Renegades, que vem em ascensão e com bons resultados no torneio.

Contudo, o que trataremos nessa matéria é a importância vital que o fergod tem para o time brasileiro.
2017 x 2018
O ano passado não foi bom para a equipe mista da Mibr e nós vimos isso refletido nos resultados dos campeonatos mais importantes. Fernando “fer” Alvarenga, uma das referências da equipe, passou por um ano sem muito brilhantismo e viu sua equipe fechar 2018 na 4ª posição do ranking mundial da HLTV.org. Confira a comparação entre o ano de 2017 e 2018:
Como podemos ver, nos Majors de 2018, fer não teve uma apresentação ideal (e quando digo “ideal” me refiro ao que estamos acostumados a ver e da competência que sabemos que ele tem) ficando sempre na média de kills, algumas partidas positivas e outras negativas, mas sem uma sequência grande de boas aparições. Veja o comparativo entre 2017 e 2018:

Fatores influenciadores
No fim do ano passado, fer passou por uma cirurgia no ouvido e não conseguiu participar de um campeonato importante, o Blast Pro Series Lisboa, onde foi substituído temporariamente por Braxton “swag“ Pierce. Veja: CS:GO – Swag é o substituto de fer para Blast Pro Series Lisboa.
Tudo certo por aqui 🙏 pic.twitter.com/7o6g3ghITc
— Fernando Alvarenga (@fer) December 15, 2018
Passar por uma cirurgia não é algo fácil de lidar. E sabemos da importância da audição no âmbito dos e-sports e fer não conseguia usufruir 100% desse recurso. Com sua má fase relacionada a um problema de saúde, a equipe da Mibr não conseguiu grandes feitos. Por mais que Marcelo “coldzera” David seja um dos melhores jogadores do mundo e Gabriel “FalleN” Toledo um dos melhores estrategistas do cenário, o time não chegou onde queria e viu sua queda de posição no ranking da HLTV.org.
Além dos problemas relacionados a Mibr, devemos destacar também a crescente importância dos jogos eletrônicos no mundo e o aperfeiçoamento dos outros times. Todos querem ganhar grandes campeonatos, isso é um fato, e a grande maioria das equipes se qualificaram, estudaram os adversários e montaram line-up’s fortes, exemplo da Astralis que levou tudo em 2018.
Importância do fer para o time brasileiro
Não escrevo essa matéria para colocar a culpa dos fracassos nas costas do fer, muito pelo contrário. A importância do jogador é extrema e talvez seja a que mais influencie no conjunto brasileiro. Ter um jogador livre para fazer escolhas durante a partida pode trazer grandes vantagens para o time, e o fer em boa fase é o exemplo perfeito disso. Talvez não exista um jogador tão bom quanto ele para fazer o first kill no round, com seus rush’s e posicionamentos avançados. O fer é o termômetro da Mibr e eles sabem disso. Não é atoa que ele é um dos intocáveis da chamada “panela” do verdadeiro (fer, FalleN, coldzera).

Nesse inicio de temporada, vemos que nosso rushador começou com o pé direito. Talvez a comunicação BR tenha grande influência no sucesso das jogadas mais avançadas e podemos ver isso no Major. É cedo para cravar que o time terá bons frutos, mas o time parece estar mais maduro, mais ciente das decisões tomadas durante os rounds (talvez por influência de Wilton “Zews” Prado).
Hoje eh um dos dias mais felizes da minha carreira! @TACOCS e @zews de volta significa que nossa família está quase pronta pra fazer a máquina de moer gringo funcionar novamente! A casa fechou e só sobrou uma janela aberta.. e tem alguém apertando o W pra pular ela logo! 🇧🇷🇧🇷
— Fernando Alvarenga (@fer) December 21, 2018
A volta de João “felps” Vasconcellos também traz certo impacto para o desempenho do fer. Possuindo um estilo de jogo mais agressivo, felps muda um pouco o papel do fer, que em primeiro momento não esta buscando avanços (apenas estratégicos) fazendo com que a equipe possua mais força defensiva, ainda mais agora que a AUG está no novo meta e traz certas vantagens aos CT’s.
Conclusão
De qualquer forma, é bom ver o fer de volta em boa fase. Se o time full br fez com ele melhorasse sua gameplay, tiro certeiro do verdadeiro. Mesmo que o time não ganhe o major, o mais importante é que vemos que ele está com a cabeça boa, sem o peso de passar por um procedimento cirúrgico e com total confiança da equipe e da torcida brasileira em suas qualidades.
100% recuperado! Partiu amassar gringo 🤨🤘
— Fernando Alvarenga (@fer) January 14, 2019
Bem-vindo de volta, fer!